ULTRASSOM INDUSTRIAL: maio 2017

domingo, 21 de maio de 2017

CALIBRAÇÃO DE SENSIBILIDADE (TÉCNICA DO FURO DE FUNDO PLANO)


Técnica correspondente aos requisitos da norma PETROBRAS N-2314 para inspeção de fundidos, cujas exigências atendem à norma ASTM- A-609. A calibração é feita utilizando um conjunto de blocos de referência conforme figura abaixo. Cada um desses blocos tem um furo de mesmo diâmetro.
Para traçar as curvas de referência para cabeçotes normais procede-se da seguinte maneira:
a)    Posiciona-se o cabeçote no bloco de referência cujo furo proporcional a maior profundidade;
b)    Ajustar o controle de ganho, de modo se obter deste furo uma indicação com 80% de altura de tela, marcando o pico desta indicação na tela (o Ganho é chamado de ganho primário-GP);
c)    Sem alterar o ganho, posiociona-se o cabeçote sobre os demais blocos, maximizando o sinal obtido nos próprios furos e marcando as respectivas amplitudes na tela;

d)    Interligam-se as marcações de modo a se obter a Curva de Referência Primária,
Notas:
1-       As extremidades opostas do bloco de referência devem, ser planas e paralelas com o desvio máximo de 0,0025 mm.
2-       O fundo do furo de fundo plano deve ser plano (desvio máximo de 0,05mm) e o diâmetro acabado deve ser de 7 mm +- 0,05 mm.
3-       O furo deve ser reto e perpendicular a superfície de entrada (tolerância de perpendicularidade = 0º 30’) e localizado no eixo longitudinal do bloco (desvio máximo permitido=0,8 mm)
               4-       A parte escareada do furo deve ter 12,5 mm de                         diâmetro e 3,2 mm de profundidade.



Diâmetro do furo (mm)
Distância de Metal(B)(mm)
Tolerância de +- 3,2mm
Comprimento Total(C) (mm)
Largura ou Diâmetro (D) mín, (mm)
Número de Identificação do Bloco
7
25
45
50
16-0100
7
50
70
50
16-0200
7
75
95
50
16-0300
7
150
170
75
16-0600
7
250
270
100
16-1000
7
B
B+20
125
16-B00















                     
                                Área varrida do feixe angular para uma espessura aprox de 6mm do chanfro

 O feixe sônico varre a solda em 100 % conforme a espessura do equipamento, entre a espessura de 6 mm à espessura de 15 mm, para transdutores de 70º  de  4 a 5 MHz de Frequência. Frequência menores tem comprimento de onda maiores e a divergência do feixe para maiores distância é menor.           Na figura acima temos um cabeçote de 70º numa junta preparada de espessura de 6,4 mm.Observa-se como o feixe do pulso sônico atravessa o chanfro e sua respectiva área real. Antigamente eram usados massinhas de modelar e desenhos em folhas quadriculadas para simular o feixe sônico atravessando o perfil da configuração do chanfro.
       O ensaio de ultrassom é complementar ao acompanhamento da soldagem, observados todos os parâmetros de soldagem do procedimento, pelo profissional inspetor de soldagem nível 1 ou EVS. A configuração do chanfro como ângulo do bisel, abertura da raiz, face da raiz e penetração da soldagem da raiz, devem ser garantidas pelo ensaio visual e dimensional do profissional citado. Antes da soldagem devem ser dimensionados os valores dessas medidas e informadas nos registros dos relatórios de inspeção  de soldagem.
     Numa obra de Construção e Montagem de dutos são realizados diversos reparos em soldagem devido aos defeitos de soldagem no processo, por causa de  mal acoplamento das juntas, porosidades na raiz das soldas em consequência de correntes de ar durante as soldagens, trincas de tensão, inclusões  de escórias entre passes (limpeza deficiente), imperícia do soldador e etc.
     Em suma, a integridade somente é garantida quando há registro da qualidade pelo ensaio de END, que registra os parâmetros aceitáveis dos critérios de aceitação conforme norma vigente.




VERIFICAÇÃO DO FEIXE SÔNICO

O feixe sônico também poderá ser observado no bloco V1, marcando os ecos a 100% da tela e deslocando para frente e para trás, marcando os ponto de decaimento à 10 % do ganho na tela do aparelho.  Plotando no papel quadriculado, têm-se a traçagem do feixe do transdutor na profundidade de 15 mm.
ÂNGULO DE DIVERGÊNCIA DO FEIXE SÔNICO

Memória de Cálculo pela Equação: senγ = K1   __V           ou   K2    V     
                                                                                   Def X  f                  Mef x f

Onde:
γ = ângulo de divergência
V= Velocidade do som
f= frequência 
Def = Diâmetro efetivo do cristal
Mef= metade  do comprimento efetivo do lado maior do cristal retangular
Comprimento efetivo: 0,97  X comprimento real
K1= 0,51 para divergência no limite de -6 dB
K1= 0,87 para divergência no limite de -20 dB
K1= 1,08 para divergência no limite de -30 dB
K2= 0,44 para divergência no limite de -6 dB
K2= 0,74 par divergência no limite de -20dB


Medição de Espessura Sobre Camada de Revestimento      Em muitas aplicações de manutenção industrial em geral e petroquímica é necessário me...