ULTRASSOM INDUSTRIAL

domingo, 10 de março de 2024


Medição de Espessura Sobre Camada de Revestimento

    Em muitas aplicações de manutenção industrial em geral e petroquímica é necessário medir a espessura remanescente  do metal para verificar a integridade da parede do equipamento. Como é necessário garantir uma proteção contra corrosão , esses tubos e peças de metal são revestidos com tinta ou outro revestimento não metálico similar. 

    Com os medidores ultrassônicos convencionais, a presença de pintura ou revestimentos podem causar erros de medições que, em geral, resultam no aumento da espessura residual devido as velocidades nos materias serem diferentes além do efeito da atenuação  

    Duas soluções para este problema estão disponíveis para as varreduras e medições de espessuras que são a Medição Eco a Eco e THRU-COAT®. 

    Cada técnica tem seus prós e contras, então é importante conhecê-las para escolher a opção adequada à aplicação.

Medição eco a eco

    A técnica eco a eco para medição de espessura utiliza o método de leitura da cronometragem do intervalo dos ecos sucessivos, que ao rebaterem nas interfaces do metal provocam a sua repetição que é lido pelo aparelho de ultrassom. Isso é conseguido com o uso de cabeçotes duplo-cristal de vido ao caminho em "V" do percurso sônico.

    Desde antes da tecnologia digital com os equipamentos analógicos, já se fazia a leitura do valor da escala do eco diretamente na tela e subtraia a distância projetada do eco inicial do segundo eco, sabendo que este valor correspondia a medição da espessura da parede sem  o revestimento. Isso era perfeitamente aceitável precisando apenas que o inspetor colocasse uma nota de observação no relatório do uso desta função. Caso encontrasse áreas com perdas de espessuras significantes, esta seria demarcada e solicitado a remoção do revestimento para fazer a correlação das leituras e consequentemente as recomendações do reparo conforme normas vigentes. 

    Hoje com o avanço  da tecnologia digital   este recurso é bem comum, indutivo, fácil uso e  disponível em diversos aparelhos há décadas. Difícil entender porque a técnica  não é bastante difundido  e conhecida.  

    Em equipamentos com o metal pintado, esses múltiplos ecos na parede traseira ocorrem apenas dentro do metal, não no revestimento, portanto o intervalo entre qualquer par deles (eco da parede traseira 1 e 2, 2 e 3, etc.) representa apenas a espessura do metal. A espessura do revestimento é cancelada.

Entre as vantagens de se usar a técnica eco a eco estão:

  • Funciona com uma grande variedade de transdutores comuns
  • Com frequência, funciona através de revestimentos de superfícies rugosas
  • Pode ser realizada em temperaturas de até 500 °C (930°C), com transdutores apropriados

As limitações da técnica eco a eco são:

  • Exige vários ecos de parede traseira, que talvez não ocorram em metais com corrosão severa
  • O intervalo da espessura pode ser mais limitado que o da medição THRU-COAT






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